Monday, August 13, 2007

Noite Triste

É com o escuro
meu fiel confidente
que eu desabafo minhas amargas lágrimas...

Só ele me entende
é doce e suave
seu silêncio me acalma

Com ele tenho coragemde mostrar minhs fraquezas
se de dia, sob o sol
me mostro forte

Com ele choro
e ele me afaga
com a triste melodia do cantar dos grilos.

Monday, May 07, 2007

Retrocesso

E eu que não gostava de poesia
Comecei a fazer versos
e agora só sei falar
Assim.

Pedras

Noites de insônia
Travesseiros molhados
Marcas de unhas nas mãos....
Por fim a aceitação.

Ainda assim, persite uma esperança
Incômoda
De que um dia o botão desabroche em flor.

Talvez porque precisasse desse diamante-bruto
Talvez porque pensasse que fosse o único
Mas afinal, talvez, nem fosse diamante.

Thursday, April 12, 2007

Uma vela torta

Torta vela guardada na caixa
porque está torta?

Se quando te levei em minhas mãos
eras rijae e ereta?

Sua chama iluminava
como um sagrado anjo do senhor
que guiava meu caminho
para entrar na casa sagrada do senhor jeusus.

E quando te segui com fimeza nas mãos
tive fémeu espírito se iluminou com a descoberta
de uma sagrada verdade

Vela torta, tu me iluminastes
guardei-te então perto das minhas mais doces lembranças
e agora que venho ate a caixa rever-te
tu te entortaste...

Ao leitor

Eu escrevo para o fundo do armario
para o meio dos cadernos e ficharios
para um canto na gaveta
o lado de dentro de uma caixa

Escrevo para noites de insonia
solitárias e silenciosas
e para os espíritos que permeiam-me no ato de escrer
(posso ouvir seus suspiros)


Só você, querido leitor, me compreende.
-- Escrevo pra mim.

Pluft!

aranhas mormicidas
destejas seminosas
pescidas cromoáticas
tontinas belinosas

tudo no fogo
junta com agua
pluft!plaft!
aí está a magica
sobe fumaça
mexe poção
queima a saia
derrama no chão...

Luar divino

Para uma lua cheia que vi as 7 da manhã.
Lua mágica, mística
astro que rege as marés
simbolo da intuição humana
do instinto interior
Revela, lua minha!
o que diz seu brilho
sobre meu destino?

Pelas Sombras

o sol ja dorme nas colinas
não há mais raios de luz
a lua branca ilumina
e canta o vento da noite
na janela da menina

e pelas sombras, Ela caminha
envolta por um negro capuz
sua voz, sentença cruel
sem volta, nem recurso, nem perdão
coração de pedra, alma de fel

cehga sem ser convidada
pelas frestas dos vidros,
pela porta de entrada
anda sorrateira
nos espaços da casa
procurando pobre alma
que será tomada

Se ela a encontra dormindo
sobra em teu ouvido
o sopro do sono eterno
com a mao lhe cobre a face
e te envolve em trevas

E entao te conduz
pelo caminho das sombras
seguindo um ponto de luz
até o eterno jardim da morte.

Wednesday, April 04, 2007

No ônibus

No ônibus o vento traz o cheiro de churrasquinho
daqueles de esquina
no ônibus o vento traz o cheiro do mato ressecado
de sol ou de fogo
no ônibus o vento traz o cheiro dos escapamentos dos carros
e do asfalto queimado e de borracha

Da Janela eu vejo as luzes dos carros
Da janela eu vejo as luzes das casas
Da janela eu vejo as luzes do céu...

Á noite eu sinto o cheiro das famílias
preparando seus jantares em suas casas.

No ônibus eu durmo encostada na janela...

Thursday, January 25, 2007

Quase confissão

De não me aceitar eu vivo
me escondo com a minha fragilidade
tento me fazer de durona
mas não consigo!
me desmancho na frente dos outros
faço papel de bobona...

Mas ao chegar em casa no fim da noite
me encontro rindo
tenho a impressão de que tudo foi como tinha que ser

Pode parecer presunção,
ou otimismo exagerado,
podem até achar que vivo na ilusão.
Mas quando ponho os fatos na balança
parece que nada saiu errado
fico rindo de mim mesma, e dos outros...
afinal de contas meu objetivo foi alcançado!

Penso assim porque
Encaro a vida como uma peça teatral
eu estou aqui só encenando.
Foi um grande espetáculo! Parabéns!
aplausos no final.

amor próprio

chega no fim da moite e estou sorrindo
ainda sou a mesma que sou
ninguem me entende
e gosto assim!
aquele que tiver a chave para o meu ser poderá me destruir

Thursday, December 28, 2006

Me engana!

Inevitável pensar em você
inevitável ver o seu rosto
inevitável sentir o seu cheiro
imaginar os seus braços me enlaçando
o seu beijo em meu pescoço

Você é presença constante
Essência que se alojou em mim
posso estar longe ou perto
levo sempre você comigo

agora me diz
que você é todo meu
que não pensa em mais ninguem
só meu...
fala que me ama
como nunca amou ninguem
e que só vai me amar
pra sempre!

Me engana...

Inevitável

É duro admitir.É duro até mesmo se descobrir.
Um susto! Não imaginava que era assim...
Mas estou! o que que eu faço?
qual será o proximo passo?
e o medo
Do inexorável tempo
irremediavel futuro
Do implacável destino!
já traçado
já determinado
o fim do doce romance...



Me declarar, talvez. Mas e o medo
não do ridículo
mas de perder a pessoa amada?
porque você sabe
quando a pessoa se sente muito amada
as vezes deixa de amar...



Ah,não gosto
nunca gostei
dessas coisas de amor...
porque é tão difícil!
porque sei que na vida real
não existe final feliz
porque não existe final, ou pior
porque existe.

Saturday, December 02, 2006

Os adultos de amanhã

Jovens sem ideologia
sem um sonho, sem uma causa
Pura alienação

Vivendo de sábados e baladas
Sexo, drogas
Bebidas, cigarros
Fofocas, namoros
E nada importa
Não sabem do mundo
Que importa se o país não desenvolve?
Que importa se pessoas passam fome?

-O que é viver?
-Ah, não sei. Qual é a balada hoje?
A vida é um fim de semana após o outro.

Jovens que não pensam
sobre o seu próprio futuro
Só querem garantir
Uma casa, um carro e conforto
Uma vida fácil,folgada, divertida...

Não sabem, não vêem
Que fazem parte do mundo
que suas ações
também influem no mundo
Não entendem o grande mecanismo da sociedade
Em que cada ser humano
com seus atos
constroem um pouco da história.

E sozinhos, gritam desesperados,
jovens em que ainda está vivo o espírito revolucionário
Inspirado pelos ídolos do passado
Mas os outros riem...
Pra quê?Larga disso. Vamos sair e você esquece...

Aonde levará o mundo essa alienação?
As decisões nas mãos de poucos
E muitos sendo manipulados
escravisados
sem que percebam.

Mas continuarão achando
que a vida é boa
Afinal que importa os outros, se eu mesmo estou bem.